Quem sou eu

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Humor às Avessas

Desde que, há 2 dias, tomei conhecimento da matéria jornalística (?) que vou comentar neste post, confesso que entrei em um dilema interno sobre publicar ou não sobre isto neste blog.


Por um lado, redivulgar e rediscutir uma atrocidade feita por quem quer que seja, dá mais audiência para os protagonistas. Por outro lado, acho importante mostrar o quão longe a mídia pode chegar em nome do "humor".


O programa de humor (?) da Rede Bandeirantes, Agora é Tarde, apresentado pro Danilo Gentili, enviou um Jornalista (?), Léo Lins, à prova de corrida Fila Night Run em São Paulo, há 3 semanas. E lá ele fez o que pôde para atrapalhar os Corredores. Corredores que treinaram. Que pagaram a inscrição para a prova. Que saíram de suas casas em um sábado à noite para encarar uma prova noturna pelos motivos de sempre da corrida: competitividade, superação, saúde, perda de peso, diversão ou qualquer outro motivo pelo qual as pessoas correm.


Na verdade o tal Jornalista, que incrivelmente é graduado em Educação Física, tinha uma forte preferência por Corredoras ao invés de Corredores. Só mostra que além de inconsequente, é também covarde.


Enfim, prepare seus nervos, assista o vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões sobre este assunto que ganhou as redes sociais, os blogs e sites de corrida e que ganhou também a indignação dos que gostam de esporte e não gostam de gente apelativa.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Nutrientes a seu favor


Treinos regulares, séries de fortalecimento e descanso adequado são fundamentais para prevenção de desgastes. Mas, alimentar-se corretamente também contribui para a precaução das principais lesões dos corredores.

Déficit de Glicogênio
Para não ter o desempenho reduzido, aconselha-se uma dieta eficiente em carboidratos. O recomendado é ingerir uma proporção de 50% a 60% de carboidratos contra 20% de proteínas e 20% a 30% de gordura por dia.
 
Formação e Reparação Muscular
Proteínas de alimentos como carnes magras, peixes, ovos e leite fornecem aminoácidos essenciais para a formação e reparação dos músculos depois dos exercícios, diminuindo a fadiga pós-treino. Esses alimentos atuam no balanço da secreção de insulina e melhoram o sistema imunológico.
 
Lesões Musculares
Para combater radicais livres, um dos fatores que elevam as chances de lesão muscular, recomenda-se o consumo de antioxidantes como frutas, legumes, verduras, peixes ricos em ômega-3, castanhas, azeite e semente de linhaça.

 
Fraturas
O cálcio encontrado no leite e derivados, vegetais verdes-escuros, sardinha e salmão atua na rigidez e estrutura óssea. A vitamina D, presente na gema de ovo, no leite e em peixes como atum, arenque e cavala, auxilia na absorção de cálcio, assim como o magnésio, existente em cereais integrais.

Perda de Densidade Óssea
Para evitar a falta de zinco, que resulta na baixa densidade óssea, o ideal é ingerir carnes, castanhas-de-caju e amêndoas. Já a vitamina C participa das reações de síntese do colágeno, presente nos ossos e nas articulações. O colágeno atua na formação de ligamentos e tendões e é produzido pelo corpo a partir da ingestão de proteínas de origem animal e das leguminosas.

Fonte: www.wrun.terra.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Tipos de Treinos

Na literatura e na prática, existem variações de treinos de corrida que devem ser praticados em momentos distintos e dependendo dos objetivos do Corredor.

Conheça alguns dos benefícios e caracteríticas de alguns tipos de treinos:

REGRESSIVO ou PROGRESSIVO
Esse tipo de treino oferece ao atleta a possibilidade de aprender e praticar o aumento da intensidade / velocidade em um determinado tempo ou distância. Isso ajuda a realizar provas da mesma forma, o que tem se mostrado muito efetivo para obtenção de bons resultados.
Por exemplo: 6 séries de 1 km e cada uma a um ritmo: 6'/5'50"/5'40"/5'30"/5'20"/5'10" por km.

FARTLEK
Alterna baixa e alta intensidade sem a parada para o descanso (como acontece nos intervalados).
Por exemplo: 40 minutos de corrida, mesclando 2 min forte e 3 min leve.
Esta alternância serve como grande estímulo para melhora do mecanismo de remoção de ácido láctico, uma condição extremamente importante para o Corredor.

TEMPO RUN
É o treino por ritmo. Além de ajudar o Corredor a conhecer melhor o ritmo ideal para a tradicional distância dos 10 km, complementa muito bem os treinos de alta intensidade. O atleta ganha ritmo e aprende a fazer uma melhor dosagem dele.
Por exemplo: 30 minutos em um ritmo de 10K. 

CONTÍNUO
Esse treino é importante para a construção da resistência em provas de longa duração.
Por exemplo, o atleta corre 60 minutos em ritmo leve. 

INTERVALADO
Alterna baixa e alta intensidade e oferece intervaldos de descanso. 
Por exemplo: 10 x 500m forte com descanso de 1 min caminhando entre cada repetição. 
Muito interessante para Corredores mais treinados, pois somente com treinos de maior intensidade é possível continuar evoluindo.

REGENERATIVO
É o nome que muitos dão para treinos leves, de cerca de 30 ou 40 minutos, que ajudariam a recuperação da musculatura em função de treinos mais fortes em dias anteriores.
Por exemplo, um treino de bicicleta ou natação.

Fonte: site Revista Runners World

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Além das Baias


Nas provas de rua mais organizadas, é muito comum que os Corredores sejam segregados na largada, por Baias de Ritmo. Para isso, na retirada do kit, os Corredores recebem uma pulseira de pulso condizente com o tempo que comprovaram ter atingido numa prova anterior, no site de inscrição da prova em questão.

Isso é bom para quem corre mais rápido. É bom para quem corre mais lento, pois o risco de uma pessoa dessas ser atropelada na largada pelos apressadinhos, é muito menor.

O texto abaixo não divide os Corredores por ritmo ou pace. Mas tenta dividí-los por cluster, de acordo com as características principais de grupos pré-definidos.

Obviamente essa divisão está longe de ser certa. Mas a achei divertida! Me reconheci em um dos grupos dada a característica principal do mesmo, mas também vi alguma característica minha descrita no perfil de outro grupo.

No fim do texto, o autor vai lhe perguntar em que grupo você se reconhece. E aí vez é sua de fazer uma auto reflexão do que te move na corrida.




É cada vez maior a preocupação dos treinadores, sites, revistas, organizadores de eventos, agências de publicidade, marketing esportivo e demais setores do mercado de corrida, em tentar descobrir o que exatamente move Corredores. Sabem que, com isso, fica muito mais seguro direcionar as estratégias e investimentos em um setor que movimenta cada vez mais cifras relevantes e que ainda tem muito a crescer e ser explorado.

Mas para descobrir isso, antes de tudo é importante entender que esta tribo é composta por diversos perfis e que, na maioria das vezes, pensam e possuem desejos diferentes. Não adianta criar estratégias sem conhecer estes perfis e sem definir qual ou quais destes grupos de Corredores você pretende atingir.

Mas é possível dividir ou “clusterizar” os Corredores de acordo com características comuns entre eles?

A seguir uma proposta de divisão de Corredores em 4 grupos:

Profissionais ou Elite
Grupo que normalmente compõe cerca de 1% a 3% dos inscritos nas provas de rua e que vivem ou esforçam-se para viver somente da corrida. Pessoas geralmente privilegiadas geneticamente e que têm por objetivos principais viver do que ganham nas provas e/ou patrocinadores, ganhar ou sempre chegar entre os primeiros colocados, melhorar suas marcas pessoais e representar seus clubes e seu país em grandes competições nacionais e internacionais.

Para isso treinam arduamente e têm o esporte como prioridade em suas vidas. Gostam de ser respeitados e de ter seus esforços reconhecidos, principalmente pelos organizadores de eventos, mas não tem muita ou nenhuma preocupação com camiseta, medalha, kit e demais brindes. São grandes consumidores de produtos esportivos e os encaram como equipamentos de trabalho. Infelizmente nem todos os atletas profissionais possuem equipamentos e infra-estrutura necessárias para atingirem seu potencial máximo.

Amadores Competitivos
São aqueles corredores que correm bem, que não vivem da corrida, mas que priorizam recordes pessoais e as disputas nas categorias. Buscam sempre melhorar seus tempos e treinar cada vez mais forte. Disputam com os colegas de treino, com os de suas faixas etárias, mas, principalmente, com eles próprios. Dificilmente conformam-se em não diminuir segundos ou minutos em treinos e, principalmente, em provas. Ficam de mau humor quando não correm e quando não conseguem atingir seus objetivos, mesmo que seja por alguns míseros segundos.

Não costumam ter medo da chuva, do calor ou do frio. Seus maiores temores são ficar sem correr por algum motivo e estacionarem ou piorarem seus desempenhos. Alguns os chamam de “corredores de verdade”. Mais justo seria chamá-los de Competitivos. São grandes consumidores dos produtos direcionados à corrida, principalmente aqueles que prometem auxiliá-los nesta constante luta contra o cronômetro.

Apaixonados
Pessoas que muitas vezes nem gostam de competir, que nem sempre possuem biótipo favorável à corrida, mas que dificilmente faltam aos treinos, faça chuva ou frio. São aqueles que curtem o correr simplesmente por correr. Querem sim ir mais longe e talvez mais rápido, mas nem sempre é esse o principal motivo que os faz correr.

Preocupam-se com a estética, mas o prazer de correr é sempre o que mais importa. Também costumam ficar de mau humor quando não correm e encaram os treinos mesmo cansados, pois vale tudo para satisfazer a paixão de correr. Alguns gostam de participar de provas, tantas quanto forem possíveis e outros gostam de poucas e boas provas. Preferem participar dos eventos que lhes proporcionem uma ótima viagem e, independente do resultado obtido, costumam orgulhar-se de falar delas. São disparados os maiores consumidores dos produtos esportivos. Buscam e compram os de melhor qualidade e, de preferência, os que também sejam bonitos. Colecionam tênis e na dúvida entre comprar um sapato e um tênis, optam pela segunda opção.

Turistas e/ou Exibicionistas
Não costumam freqüentar muito os treinos, normalmente só nas semanas que antecedem alguma prova ou na seguinte, para poderem compartilhar suas histórias. Gostam de dizer que são Corredores e correm mais por status. Costumam ser os mais críticos com relação às provas, os kits e tudo aquilo que os eventos oferecem, afinal, alguém tem que levar a culpa de suas performances incompatíveis com seus desejos e mais compatíveis com seus poucos treinos.

São o grande temor dos treinadores, pois correm o risco de se machucarem pela falta de treinos. Estão sempre parando e voltando a treinar, no limar entre se tornarem Corredores de fato ou buscarem uma nova modalidade e sumirem. Compram tudo quanto é equipamento que os identifique como corredores, principalmente os lançamentos, mas dificilmente os utilizam ou exploram todos os seus benefícios. Gostam de usar tênis bacanas e tecnológicos, mas normalmente não compram muitos, já que os usam pouco.


Enfim, a maioria dos Corredores se encaixa facilmente em uma categoria, porém com uma pequena ou grande inclinação para outra. A pessoa pode ser apaixonada pela corrida, mas ter enrustida uma queda pelo lado competitivo. Ela pode correr para perder ou manter o peso corporal e encaixar-se no grupo dos competitivos, dos apaixonados, dos turistas/ exibicionistas. Pode ser competitiva, mas ao mesmo tempo ser muito apaixonada e/ou exibicionista. Pode até ser uma apaixonada, porém com inclinação mais para turista do que para competitiva.

E você leitor, em qual ou quais deles se encaixa?

Fonte: www.ativo.com

domingo, 20 de maio de 2012

Esporte para Elas e Eles


 As diferenças entre os sexos no esporte são muitas, principalmente nas atividades em que determinadas capacidades são decisivas, como força e resistência. O ser humano, independente do sexo, possui sete capacidades físicas: força, resistência, flexibilidade, coordenação motora, agilidade, equilíbrio e velocidade. 

Na maioria dos casos o homem será mais alto, mais forte, mais veloz e por estas razões terá vantagem no desempenho físico. O homem possui maior quantidade de massa muscular e menor de gordura corporal. Estes fatores, associados a questões hormonais, colocam o sexo masculino em melhor condição para as práticas esportivas de uma forma geral.


Mas será possível mulheres e homens praticarem uma modalidade esportiva no mesmo nível? Dificilmente a mulher conseguirá ter um desempenho físico melhor que o do homem, porém em atividades em que a coordenação motora e concentração são mais importantes que a força e a velocidade, podemos encontrar uma mulher que supere o homem. O que percebemos nos últimos anos é que, em atividades de resistência (longa duração), as diferenças de tempo entre os sexos já vêm caindo. Até onde isso irá chegar só o tempo irá nos dizer.

A adaptação do espaço físico de modalidades esportivas é outra discussão antiga e cada federação esportiva parece ter uma opinião diferente. A necessidade de se adaptar o espaço físico é uma questão individual de cada esporte e deve ser avaliada com bastante cuidado para que possíveis alterações não descaracterizem a atividade e, ao mesmo tempo, tornem a prática mais competitiva para as mulheres.

Em esportes como futebol, basquete e tênis, por exemplo, as dimensões das quadras e campos são as mesmas. Em casos como o vôlei, a altura da rede é mais baixas para as mulheres. No atletismo, o tamanho e a distância em provas de barreiras difere entre masculino e feminino, sendo o primeiro disputado numa raia de 110m com altura do obstáculo de 1,067m e o segundo 100m com 84cm de altura.

Outro fator a ser considerado é o ciclo menstrual. As alterações hormonais durante o período menstrual podem influenciar de diferentes maneiras dependendo da fase e do tipo de atividade que é praticada. Na maioria dos casos as mulheres não sentem influência em seu desempenho físico. Quando o rendimento é afetado, percebemos com maior intensidade nas atividades de longa duração, enquanto as atividades de caráter explosivo em muitos casos até melhoram. O melhor rendimento físico da mulher geralmente é atingido no período pós-menstrual pela maior concentração hormonal de estrógeno, o que aumenta a secreção de noroadrenalina. 

Homens e mulheres possuem suas diferenças e similaridades dentro do mundo esportivo. O que vale é ser feliz com seu esporte, independente da comparação de desempenho com homem ou mulher. O benefício da atividade física está na satisfação de quem a pratica e na superação de seus próprios limites.

Fonte: site www.ativo.com

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Durma para correr melhor


A evolução do corpo em função do treino acontece sempre durante o sono. É quando o treino termina e o Corredor vai dormir que o corpo se recupera, assimila o esforço realizado e adapta suas estruturas musculares e ósseas. Além disso, é durante as horas de descanso que o corpo repõe os estoques de nutrientes utilizados durante todas as atividades, além de eliminar as substâncias desnecessárias e melhorar as funções cognitivas, como atenção, reflexo, memória. Por isso, dormir bem é tão benéfico para o corpo e, conseqüentemente, para a corrida.

Adaptar-se à corrida implica promover mudanças fisiológicas importantes, como aumentar a atividade das enzimas encarregadas de suprir os músculos com energia. Os próprios músculos ajustam sua estrutura à demanda do exercício.

Essa adaptação acontece gradualmente e boas noites de sono ajudam o organismo a entender melhor as mudanças às quais é submetido. As dores do dia seguinte e os resíduos de ácido lático são eliminados na fase de recuperação do esforço, ou seja, durante o sono.



Durma Bem
O sono possui três fases, sendo a terceira a mais importante para o relaxamento e a recuperação do corpo, quando acontece o sono REM (em português, Movimentos Rápidos dos Olhos). Nessa etapa, os batimentos cardíacos caem, o sistema nervoso relaxa e acontece toda a restauração do organismo.

A falta de sono interfere diretamente nas vias anabólicas – que regulam o metabolismo e fazem parte da recuperação celular em todos os níveis – diminuindo a recuperação das células musculares necessárias para um ótimo desempenho.

Antes mesmo de começar as atividades diárias, já é possível saber se a noite foi reparadora. Se a freqüência cardíaca em repouso (basal) normalmente é de 60 batimentos por minuto (bpm), depois de uma noite mal dormida, o coração pode chegar a um ritmo de 90 bpm, mostrando que o corpo está agitado e não descansou direito.

A fim de não afetar a qualidade do sono, é importante:

1- Aqueles que treinam à noite devem tomar o cuidado de ter uma janela mínima de duas horas entre terminar o exercício e deitar-se. Esse é o período necessário para desacelerar e são indicadas atividades como ler um livro, ver algum filme na TV, comer algo leve, tomar um chá ou banho quente.

2- Já durante o dia, quanto maior for o gasto calórico, melhor será o sono, ainda que muitas horas depois. E, quanto maior a recuperação do corpo à noite, ou seja, quanto mais qualidade ao dormir, mais se favorece o processo de emagrecimento.

3- Caso tenha dificuldades para relaxar, tome um banho quente para ajudar a se desconectar, alongue-se, use técnicas de respiração e reduza a luminosidade.

Fonte: site wrun.terra.com.br

domingo, 13 de maio de 2012

Sonho Molhado

Passei uma noite inteira debaixo de chuva. Todos os meus sonhos - e foram vários - tinham algo em comum: chovia. Chovia muito e ininterruptamente. Foi tanta chuva em sonho, que a chuva real e intensa que preconizava a meteorologia para a manhã de 13 de Maio em São Paulo, não veio.


Me deitei no sábado, dia 12, véspera da Etapa 1 do Circuito Athenas, com a certeza de correr um 10km bem molhado no domingo. Eu e Andréa Bueno, assídua no circuito há 2 anos, já tínhamos toda a estratégia da chuvosa corrida discutida: melhor roupa, tênis, pace, etc.


Mas parece que a chuva ficou presa nos meus sonhos...


Ao acordar no domingo, percebi que a chuva já era página virada! Os meus sonhos acabaram com a chuva paulistana. E os 16 graus do termômetro eram ainda melhores para um 10km do que a temperatura nos meus melhores sonhos.

O taxista que me levou para a largada arriscou me perguntar: "quanto é que você e esses outros Corredores ganham pra correr a essa hora em um domingo?". Expliquei que dinheiro não se ganha, se gasta: inscrição, tênis, táxi, estacionamento, para alguns até hotel. Ele, indignado, fez mais 2 ou 3 perguntas sobre o que moveria aqueles milhares de Corredores a estarem ali naquele cinzento domingo, Dia das Mães, para ganhar nada. Faltavam apenas 35 minutos para a largada. Apenas paguei, agradeci e desci do carro. Se eu fosse explicar para ele tudo o que se ganha na corrida, talvez eu ali ficasse até a Etapa 2 em Julho!

Confesso que há 2 meses comecei a treinar especificamente para fazer meu melhor 10km nessa prova. Eu queria que fosse nessa prova. Mas as circunstâncias das 2 últimas semanas não me permitiram fechar o ciclo de treinamento. Venho de um ambiente profissional onde as circunstâncias adversas não são, de forma alguma, justificativas para se explicar maus resultados. Mas preciso reconhecer que um feriado prolongado, uma viagem mais longa que o previamente planejado, algum mal não identificado que me derrubou e deixou de cama por 2 dias inteiros e um casamento diurno na véspera da prova que, de tão animado, terminou virando uma balada noturna - tudo isso nos últimos 16 dias - alteraram meus planos para a prova. Afinal, não adianta insistir: se o treino não conversa com o objetivo, o resultado não vem. E não veio mesmo. 


Na placa de "Faltam 500 metros", eu cravava no cronômetro o tempo que eu tanto quis fechar a prova. O relógio marcava 44 minutos, mas a a placa era imperativa: "Faltam 500 metros". Portanto, ainda faltavam 2 minutos e pouco de prova 
para mim. 


No último quilômetro a cena de sempre de uma prova mista: sprint final de alguns Corredores que não admitem chegar atrás de Corredoras. Sempre me divirto nessa parte! Imediatamente depois de eu ter cruzado a linha de chegada, um desses Corredores se aproximou de mim e, em menos de 10 segundos, me deu um abraço, um gentil e discreto beijo na mão e me deixou um "muito obrigado". Sumiu entre os demais Corredores recém chegados e não o vi mais. Foi tudo tão rápido que ainda que o visse, acho que não o reconheceria. Ele gastou comigo os mesmos 10 segundos que tirou de vantagem sobre mim na reta final da prova. Troca justa. 

Na tenda da assessoria, encontrei uma amiga. Carol, maratonista da pesada, apesar de ser peso-pluma.  Em Amsterdã 2011, sua primeira maratona, já logo emplacou 3h40mins. Quem corre sabe e quem corre maratona sabe mais ainda: tem amador que passa uma vida tentando uma maratona sub-4h. Carol foi lá e fez na primeira. Carol está voltando de 3 semanas de férias na China. Me confessou que tirou férias da dieta de Corredora por lá. Então tinha pouco compromisso com a prova de hoje. Mesmo assim largou como Top300 e chegou como Top300, pois fechou a prova em 48 mins (Top300 = máximo de 300 Corredores que largam na Elite Amadora deste Circuito por terem feito, nos últimos 12 meses, algum 10km sub-50mins e sub-45mins, respectivamente, feminino e masculino).



Hoje ela me contou que está inscrita para Berlim em Setembro próximo. Mas ainda está pensando se vai. Sabe o que eu acho? Que ela vai sim, tomou gosto pela maratona. 


E eu sigo treinando para algum outro 10km bacana que me aparecer no calendário. Com chuva ou sem chuva. Mas, de preferência, que a chuva fique presa de novo nos meus sonhos noturnos!


Andréa, parabéns por colocar mais este 10km no seu Livro de Corridas. Pelo jeito mais uma medalha Finisher Athenas te espera!


Eu e Carol Singer
Um quadro interessante de pace x diferentes distâncias
das etapas do Circuito Athenas


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Viver melhor. E mais?


Mais do que querer viver mais "anos de vida", eu quero mais é viver "melhores anos de vida". 
Eu já sabia que... a corrida vai me fazer ter meus 50, 60 ou 70 anos de vida melhores do que se eu tivesse optado por uma vida sedentária. 
E agora me dizem que... a corrida pode me render alguns anos adicionais!
Pode ser que sim. Pode ser que não. Pesquisa é pesquisa. Nela há alguma inferência, alguma extrapolação. E até mesmo algum julgamento.
Então não sei se a corrida vai me fazer viver mais. O que eu quero mesmo é que ela me faça viver melhor. Só quero que no futuro, eu ainda sinta ao menos parte dos benefícios que ela me traz no presente.
Mais uma pesquisa sobre os benefícios da corrida.

Correr 1h por semana aumenta a expectativa de vida em 6 anos
Correr uma hora por semana dos 20 aos 70 anos aumenta a expectativa de vida em cerca de 6 anos. E aquela corridinha leve é melhor do que qualquer outro exercício, segundo estudo Copenhage City Heart, feito com 20 mil homens e mulheres de 20 a 93 anos.
Os pesquisadores descobriram que correr a passos lentos por 1 ou 2 horas por semana pode aumentar a expectativa de vida dos homens em 6,2 anos e, nas mulheres, em 5,6 anos, reduzindo os riscos de morte em 44%.
Além disso, eles acreditam que a corrida traz diversos benefícios ao coração, aumenta a oxigenação do corpo, diminui a pressão alta, previne a obesidade e aumenta a função cardíaca, entre outros benefícios. Para o médico Peter Schnohr, do hospital universitário Bispebjerg, na Dinamarca, até o bem-estar aumenta em decorrência da prática da corrida, pois as pessoas interagem mais.
Fonte: site www.oglobo.com